terça-feira, 1 de abril de 2025

A mudança da hora

A convenção é de avançar os relógios 60 minutos a 01.00 UTC (Tempo Universal Coordenado) do último domingo de março e voltar a atrasá-los 60 minutos em outubro. 

No último domingo de outubro, a União Europeia atrasa os relógios uma hora no Continente e na Madeira, às 2h atrasamos os relógios para a 1h, enquanto nos Açores volta a ser meia-noite. Já no último domingo de março acontece o oposto - no Continente e na Madeira, à 1h adiantamos os relógios para as 2h enquanto nos Açores, à meia-noite volta a ser 1h.

Porque é que a hora muda?

Assim, o propósito da hora de verão seria o de promover um melhor aproveitamento da luz do dia, levando a uma (eventual) poupança de energia. Este procedimento leva as pessoas a levantarem-se 1h mais cedo, aproveitando assim as primeiras horas de luz após o nascer do sol (já que de outra forma estariam a dormir). De forma semelhante, após o pôr do sol, a população deita-se em média, uma hora mais cedo, permitindo a poupança de energia. 

Há variadíssimos estudos que analisam desde o impacto no consumo de energia, número de acidentes rodoviários, nas perturbações do ciclo circadiano (o nosso relógio biológico), no impacto da economia e até o simples bem-estar.

Destes estudos, uns apontam para vantagens em manter a mudança(por exemplo sair para a escola ainda de noite, no pico do inverno, aumenta a hipótese de atropelamento das crianças), outras mostram vantagens em manter a mesma hora durante todo o ano (o stress da mudança pode ser nocivo para a saúde de pessoas imunodeprimidas ou com doenças do sono), e há outros que afirmam não haver qualquer diferença entre manter ou não a mudança (como por exemplo, este relatório do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, que analisa o impacto da mudança da hora legal na penetração da geração de energia renovável no consumo).  

Autor: S.M.

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