Quando em 1945 terminou a Segunda Guerra Mundial, Portugal era um dos países mais atrasados economicamente do mundo ocidental, pois quase metade da população era analfabeta e dependia da agricultura, onde a produtividade era muito baixa.
Todos os empreendimentos lançados na indústria transformadora durante o período 1945-1960 eram de adubos, celulose, metalurgia, metalomecânica pesada e foram viabilizados à custa de medidas protetoras que incluíam direitos aduaneiros elevados resultando em indústrias ineficientes.
1960 - A adesão a EFTA
Em 1960 o PIB per capita correspondia apenas a 40% da média da europa ocidental e a 25% dos EUA. A forte aceleração do desenvolvimento económico pode ser explicada por:
1- O abandono da agricultura de subsistência e o crescimento da população ativa na indústria, promoveu o aumento da produtividade global da economia e o nível de poder de compra da população;
2- A crescente prosperidade nos países da Europa promoveu a expansão do comércio de mercadorias e a intensificação dos investimentos diretos na economia portuguesa;
3- A emigração para a Europa provocou internamente uma escassez de mão-de-obra, facto que impulsionou a subida dos salários e dos níveis de consumo da população.
A entrada na EFTA dinamizou as indústrias-têxteis, vestuário, calçado e concentrado de tomate. A implementação de indústrias pesadas redundou em fracasso. As fábricas de montagens de automóveis, cuja construção foi imposta pelo estado, eram na sua maioria ineficientes e acabaram todas por ser encerradas.
1985 - Adesão a CEE
O elevado crescimento económico verificado após 1985 baseou-se fundamentalmente na liberalização da economia - privatização da banca, seguros e principais indústrias nacionalizadas em 1975 - e na captação de investimento estrangeiro que veio para Portugal.
No período de 1960 e 1999 Portugal foi o quinto país que mais cresceu a nível mundial.
A adesão ao Euro
A adesão de Portugal ao Euro em 2002 provocou o arrefecimento da economia nos anos seguintes. O atraso tecnológico e a baixa qualificação profissional deveu-se à falta de capacidade nacional no plano tecnológico, de gestão e de qualificação dos empresários e dos trabalhadores.
A deficiente formação escolar dos quadros e dos trabalhadores portugueses têm sido os principais obstáculos na atração de investimentos nacionais e estrangeiros.
A partir desse momento, todos os novos investimentos industriais foram redirecionados para os países de leste que aderiram à União Europeia, que possuíam uma enorme quantidade de trabalhadores com qualificações superiores e salários mais baixos do que os portugueses.
O crescimento da economia portuguesa em 2010 foi devido a fatores excecionais que impulsionaram as exportações e o consumo privado. Para Bruxelas, o facto de o Produto Interno Bruto ter crescido 1,3% em 2010, explica-se pela baixa inflação e pelo facto de os consumidores terem antecipado as compras face à expectativa de um aumento dos impostos.
O que Portugal exporta mais diz respeito ao comércio de alimentos, tabaco, comida, animais vivos, maquinaria e transporte.
Em 2020 os grupos de produtos com maior peso foram máquinas, aparelhos e partes (21,2%), químicos (19,9%), energéticos (14,4%), agroalimentares (12,0%), máquinas de transporte terrestre e partes (10,4%), minérios e metais (7,3%), produtos acabados diversos (6%).
O que Portugal exporta mais são veículos e outros materiais de transporte (17,5%), os produtos químicos (12,9%), máquinas e aparelhos (12,1%), os produtos agrícolas (11,9%) e os metais comuns (7,9%).
Autor: S.M.
Sem comentários:
Enviar um comentário