A Sé do Porto conserva ainda vestígios do primitivo edifício românico construído entre a primeira metade do século XII e início do seculo XIII. O claustro gótico é da época de D. João I, rei que celebrou esponsais nesta catedral.
As origens da Sé do Porto recuam à Alta Idade Média, provavelmente os tempos suevos, de que subsistem indícios dando conta da existência de um bispo do Porto.
Mais tarde, com a presúria de Vimara Peres, em 868, a antiga catedral teria sido reedificada, conjuntamente com outras igrejas da região, época de que restam testemunhos arqueológicos muitos fragmentados.
Por razões ainda desconhecidas, o estaleiro abrandou o ritmo de laboração pelos meados do século e só foi reanimado pelo bispo D. Fernando Martins (1176-1185), que recrutou mão-de-obra em Coimbra, onde se incluía o arquiteto Soeiro Anes. Terá sido ele a concluir a catedral, em particular o seu portal românico (de que restam alguns vestígios), embora as obras tenham entrado pelo século XIII, como se comprova pela rosácea já gótica da frontaria.
A Sé do Porto tem sido objeto de intervenções continuadas desde 1993, de que se destacam a reabilitação das coberturas, o restauro da pintura mural da sacristia gótica e a inauguração do núcleo museológico do “Tesouro da Sé “. Do programa de trabalhos atualmente em curso e/ou a desenvolver no futuro imediato, fazem parte estudos histórico-arqueológicos integrados do monumento, a continuação dos restauros do retábulo de Nossa Senhora da Piedade, retábulos do claustro gótico e frescos do quarto janelão da cabeceira.