Quando se refere o nome da cidade do Porto é muito comum usar em simultâneo o epíteto ou título de “Cidade Invicta”, que é o mesmo que dizer “cidade invencível”. A razão deste honroso título é histórica/política e remonta a alguns séculos.
Recuando na história, constata-se que a cidade foi tomada pelos mouros em 715, sendo apenas reconquistada por Vimara Peres em 868, fundando-se assim o Condado Portucalense.
Posteriormente, o Porto surge associado a alguns feitos da história de Portugal. De notar o apoio imediato ao Mestre de Avis, em 1385, e o contributo para a expansão ultramarina, que lhes atribuíram o título honroso de “tripeiros”, por terem escolhido comer as entranhas dos animais e cedido a carne limpa para o esforço nacional da conquista de Ceuta e sua consequente expansão.
Mas é no século XIX que nasce a principal razão do título. Não terá sido a resistência às invasões francesas, pois estas foram terríveis para a cidade que não lhes conseguiu resistir. No entanto, durante as Guerras Liberais (1832-1834), o Porto foi cercado pelas tropas absolutistas, período que durou mais de um ano, no qual as tropas liberais estiveram cercadas. O Porto demonstrou-se invicto perante os assaltos de D. Miguel, tendo sido um ponto-chave para mais tarde assegurar a vitória dos liberais liderados por D. Pedro em todo o país.
D. Maria II, filha de D. Pedro e sucessora ao trono, atribui posteriormente o título de Invicta à cidade do Porto, constando ainda hoje essa referência no seu brasão municipal.
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