A região do Douro, local de nascimento do vinho do Porto, é uma das mais antigas e mais belas regiões vinícolas europeias. A beleza caracteriza-se pela paisagem selvagem e montanhosa, e por estar localizada nas margens do rio Douro e efluentes. Quanto à antiguidade, há dois mil anos que aqui se produz vinho, sendo a descoberta do vinho do Porto polémica. Uma das versões, defendida pelos produtores de Inglaterra, refere que a origem data do século XVII quando os mercadores britânicos adicionaram brandy ao vinho da região do Douro para evitar que ele azedasse.
Em 1756, o Douro tornou-se na primeira das grandes regiões vinícolas clássicas a ser legalmente demarcada. Separada da zona litoral temperada pela Serra do Marão, a região do Douro caracteriza-se por verões quentes e secos e invernos rigorosos. A região duriense é, ainda, a única área produtora de vinho no mundo onde se pratica a viticultura de montanha de clima quente.
O vinho do Porto é um vinho licoroso produzido na Região Demarcada do Douro e no norte de Portugal, a cerca de 100 Km a leste da cidade do Porto. Lamego, São João da Pesqueira, Régua e Pinhão são os principais centros de produção. O vinho do Porto inicia a sua vida quase da mesma forma que outros vinhos - em meados de Setembro, as uvas são vendimadas à mão.
O vinho do Porto é feito a partir de uma ampla variedade de castas tradicionais, a maioria nativas do vale do Douro. Raramente encontradas noutros lugares, estas castas são perfeitamente adequadas às condições quentes e áridas do vale do Douro, sendo a origem de grande parte do caracter único e distintivo do vinho do Porto. As castas tintas mais conhecidas incluem a Touriga Franca, a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinta Barroca, Tinta Amarela e Tinta Cão existindo no total cerca de trinta tipos de uvas. A maioria dessas variedades tem bagas relativamente pequenas e de casca grossa que produzem o mosto, denso e concentrado (sumo da uva) necessário para fazer o vinho do Porto.
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