Nos primórdios da nossa economia, o povo português elegeu o carismático Mário Soares como primeiro-ministro do 1 Governo Constitucional e o incorruptível Ramalho Eanes como presidente da República.
Em 1979, a voz popular concedeu a maioria absoluta a Aliança Democrática, liderada por Francisco Sá Carneiro. Essa vitoria resultou da bancarrota de 1977 e pela instabilidade política, bem como da reconhecida astucia do líder do PSD.
Em dezembro de 1980, Sá Carneiro perdeu a vida num trágico acidente de avião.
Em 1985, dois anos após a segunda bancarrota da democracia portuguesa, o PSD ganhou as eleições ao comando de Aníbal Cavaco Silva.
Com a entrada na CEE, o suporte dos fundos europeus e uma maior abertura da economia Portugal prosperou, tendo obtido as melhores taxas de crescimento do PIB dos últimos quarenta anos, entre 1987 e 1990.
Em 1993, Portugal vinha de 7 anos de taxas de crescimento do PIB superiores à média europeia, beneficiando também de níveis consideráveis de investimento direto estrangeiro.
Entre 1996 e 2000 o PIB português voltou a crescer acima dos 3% levando a reeleição de António Guterres no final de 1999. Foi também nesse ano que o PIB per capita atingiu o valor recorde de 84% da média da União Europeia.
Em 2004 o líder do PSD Durão Barroso abandonou a liderança. Esse abandono entregou o poder nas mãos de José Sócrates, como consequência gerou-se a terceira bancarrota e um pedido de assistência financeira, resultado da conjugação da crise internacional com a gestão danosa do engenheiro.
Em 2011, o PSD e o CDS uniram-se para formar um Governo de maioria absoluta, com Passos Coelho como Primeiro Ministro tendo vitória nas eleições de 2015.
Em 2020 a pandemia veio destacar os diversos problemas estruturais como o endividamento, a baixa natalidade, o envelhecimento, a fraca produtividade, a desigualdade económica e social, a falta de poupança, a ausência de um enquadramento próprio para o investimento empresarial, os baixos níveis de escolaridade e a lentidão de um sistema de justiça incapaz de acabar com a corrupção.
Portugal apresenta-se como um dos países que mais sofre economicamente com a pandemia, que menos percentagem do PIB aloca na sua recuperação e que maior dívida pública tem.
Os setores mais afetados, entre os quais a hotelaria e a restauração, responsáveis por centenas de milhares de postos, como por exemplo a TAP que pode receber 1,7 mil milhões de euros de modo a salvar cerca de 7 ou 8 mil empregos.
No ano de 2021 e nos seguintes, a Europa optou por reagir à crise com uma bazuca financeira e a chegada desse dinheiro a Portugal serviu de balão de oxigénio para a governação socialista.
Nas eleições de 2022-2023 a escolha dos portugueses foi sobretudo influenciada pelos seguintes fatores.
• Avaliação da prestação do Governo durante a pandemia
• Resultados do programa de vacinação
• Apreciação da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia
• Eficácia da aplicação dos fundos europeus
• Evolução da economia
• Perfil e o programa das lideranças dos principais partidos na altura das eleições
Atualmente, as eleições de 2025 tem como três eixos fundamentais:
1-O reforço da qualidade da economia, por uma sociedade mais representativa, participativa, inclusiva e justa.
2-A aposta num novo modelo de desenvolvimento económico, por uma economia mais competitiva, atrativa, dinâmica e geradora de boas oportunidades de investimento e de trabalho.
3-A garantia de uma resposta coesa aos principais desafios sociais nas diferentes áreas, sobretudo na educação, saúde, demografia, mobilidade, sustentabilidade, habitação e inclusão social.
Autor: S.M.
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