terça-feira, 17 de setembro de 2024

Casa Marta Ortigão Sampaio

Instalada num edifício modernista de 1958, desenhado por José Carlos Loureiro, a Casa Marta Ortigão Sampaio resultou de uma doação à Camara Municipal do Porto em 1978 e abriu ao público em 1996.

Marta Ortigão Sampaio (1897-1978) filha Estela de Sousa e Vasco Ortigão Sampaio - sobrinho de Ramalho Ortigão - e célebre colecionador e mecenas portuense, era sobrinha materna das pintoras Aurélia de Souza e Sofia de Souza e nasceu num contexto privilegiado convivendo desde cedo com a prática artística.

A Casa Marta Ortigão Sampaio evoca o ambiente que rodeou a vida desta família da burguesia portuense apresentando coleções de pintura, jóias, uma biblioteca especializada em livros de arte, peças de mobiliário de influência francesa, inglesa e outras peças de arte decorativas.

O espólio é constituído pela transferência do recheio, ou parte deste, da moradia que o casal ocupava em S. Mamede de Infesta, Matosinhos.

Curioso é o facto de a casa na Rua de Nossa Senhora de Fátima nunca ter sido efetivamente habitada, o que indicia a secreta intenção desta construção, destinada a ser legada à cidade. Na Casa Marta Ortigão Sampaio encontram-se obras do naturalismo português de Silva Porto, Carlos Reis, Malhoa, Roque Gameiro, entre outros e um importante acervo de pinturas, desenhos e fotografias de Aurélia de Souza, uma das mais singulares artistas portuguesas do seu tempo.

A importante coleção de jóias, uma das maiores de uso pessoal, apresenta perto de três centenas de peças de finais do século XVII ao século XX.

Ladeando a casa, no jardim encontram-se peças trabalhadas que pertenceram ao convento de S. Bento de Avé-Maria, um pequeno lago e flora de interesse tais como espécies de magnólias e um Cedro do Atlas.

Durante o período das férias lúdicas, o grupo teve oportunidade de visitar este espaço, tendo ficado interessado e motivado com o mesmo, ficando a conhecer um pouco mais sobre a arte em Portugal.  

Autor: J.C.

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